Veja nesse artigo a importância de ter consciência das emoções e saber como lidar com elas dentro do meio corporativo
O termo Inteligência Emocional se popularizou muito nos últimos anos, principalmente dentro do universo corporativo como uma espécie de diferencial competitivo entre profissionais. Este conceito se traduz no entendimento das próprias emoções e a possibilidade de compreender os sentimentos alheios em benefício de uma convivência mais harmoniosa. Mas será possível inserir as pessoas dentro de um parâmetro tão subjetivo quanto o controle emocional aplicado no contexto de trabalho?
Para a psicóloga Isadora Nicastro Salvador não. Isso porque é muito delicado classificar todos os indivíduos de uma forma singular dadas as características pessoais de cada um. Para a psicóloga há uma aparente contradição no termo porque inteligência e emoção estão em polos opostos do cérebro, ainda que um interfira diretamente no outro.
“As emoções são afetos, livres de representações, ou seja, de concretudes. Dizer que um sujeito é inteligente é valorá-lo enquanto possuidor de maior quantidade de conhecimento que outrem”, afirma a profissional.
Esta conclusão é muito pertinente para aqueles que assumem papeis de liderança dentro das companhias. O olhar analítico para com o quadro de colaboradores favorece não somente o público interno, mas também toda a cultura organizacional que pode ser impulsionada rumo ao sucesso caso a empresa abrace as diferenças e consiga usar isso como estratégia de crescimento. Padronizar comportamentos é prejudicial não somente para quem sofre por ter que se adequar ao meio, como também para a organização com quedas de produtividade e cessamento de ideias e opiniões.
Neste ponto a psicóloga faz um alerta para as empresas que, em geral, focam em resultados rápidos sem se preocuparem realmente com o bem-estar dos funcionários. “Tratar a saúde mental é tratar as diferenças entre indivíduos, o oposto de excluí-las. Há de se ter diferença, senão teremos uma massa de sujeitos trabalhando como robôs, impossibilitados de sofrer”, pontua Isadora.
E como as organizações podem colocar em prática este cuidado com as pessoas? Simples! Estando atentas aos sinais que os trabalhadores podem estar apresentando e promovendo o diálogo entre as equipes.
A Apetit Serviços de Alimentação, por exemplo, realiza constantemente campanhas sobre saúde integral entre seus públicos de interesse – o que inclui cuidados com a mente. Desta maneira, a empresa incentiva bons hábitos e recomenda orientação profissional sempre que necessário, estimulando a quebra do preconceito e mantendo um canal aberto de comunicação para tratar sobre eventuais situações que possam causar algum tipo de estresse. Este posicionamento da companhia faz com que o cuidado com as pessoas seja adotado em toda a cadeia de valor dos negócios, não enxergando clientes e colaboradores apenas como um número, mas como seres humanos que devem ser valorizados.
Desta maneira nota-se que, independente da nomenclatura utilizada, é possível considerar a inteligência emocional dentro das organizações como o total apoio e aceitação das particularidades, percebendo que todos podem contribuir com o crescimento organizacional se receberem o incentivo adequado. Proporcionar um amadurecimento pessoal gradativo permite que os colaboradores se sintam mais confortáveis para produzirem mais e se engajarem com as metas da empresa.
“Trabalhar designa um importante fator na vida de todo mundo e, nesse sentido, não está excluído do viver do sujeito. Falar sobre isso e tratar (com profissionais) não é só benéfico ao trabalho da pessoa, mas à possibilidade de viver com mais leveza”, finaliza Isadora.
Quer saber na prática como a diversidade pode beneficiar as organizações no atual cenário corporativo? Então leia o artigo que preparamos especialmente para você aqui.
