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Como as metas SMART podem beneficiar as empresas

Conheça a metodologia que facilita a criação de metas e beneficia os projetos organizacionais de forma simples e organizada 

Não tem jeito, o caminho do sucesso passa obrigatoriamente pela elaboração de um planejamento estratégico sólido e condizente com a realidade da empresa. Toda conquista possui um processo anterior responsável por organizar ideias e colocar em prática os objetivos da companhia, mas esta estruturação pode não ser tão fácil quanto aparenta.

 Para chegar onde deseja é preciso criar uma meta SMART (inteligente) no sentido mais literal da palavra. O acrônimo da língua inglesa orienta a elaboração de metas que podem ser aplicadas na vida profissional, pessoal e, principalmente, dentro das empresas. 

Antes de mais nada é preciso entender como o método SMART funciona. Esta técnica propõe a criação de metas dentro de cinco diretrizes básicas que servem para facilitar a execução de um empreendimento. Cada letra representa um tópico que deve ser respondido na construção dos objetivos. 

 SPECIFIC (específica)

Ao elaborar metas é comum nos depararmos com frases como “Quero aumentar o meu número de vendas” ou “Quero reduzir custos dentro da empresa”. Sem dúvida estes anseios são muito pertinentes, mas o problema está na generalidade destes objetivos. Logo, é preciso propor ações específicas para solucionar estas demandas.

Ao invés de simplesmente aumentar o número de vendas, sugira expandir em 25% o volume de negócios em um ano, por exemplo. Esta resolução é mais palpável e não deixa margem para subjetividade. Importante também definir nesta primeira etapa os responsáveis por cada ação e o porquê desta meta ser importante para o conjunto. Desta maneira a equipe sabe qual o objetivo final do projeto e pode empenhar-se em alcança-lo com mais clareza. 

Measurable (mensurável)

Para validar o resultado e até mesmo a progressão do projeto é necessário contar com métricas que ajudem no gerenciamento de dados. É preciso considerar o panorama inicial e compará-lo com o final para saber o que deu certo e o que não funcionou tão bem. Desta maneira é possível realinhar alguns pontos e traçar novas estratégias para correção de rumo.

Seguindo o exemplo anterior, a mensuração poderia ser a evolução do percentual de clientes e o impacto nas finanças. Caso as metas não sejam passíveis de estimativas, será muito difícil avaliar o sucesso ou o fracasso destas iniciativas dentro da companhia. 

Attainable (atingível) 

Este item é essencial para alinhar as expectativas entre os envolvidos pelo projeto. Toda meta precisa ser executável, ou seja, não adianta propor algo que dificilmente será alcançado. 

É fundamental que haja uma coesão no momento de estipular os objetivos com uma interpretação de diferentes variáveis neste processo. 

  • O mercado está favorável? 
  • A empresa possui recursos suficientes? 
  • Os colaboradores dominam a técnica que precisa ser aplicada durante as diferentes fases do projeto? 

Tudo isso precisa ser levado em consideração para não desmotivar a equipe ou criar um sentimento de frustração generalizada.

Pare e repense a estratégia antes de propor soluções irreais. Talvez neste momento não seja possível triplicar o volume de vendas, mas aumentar em ¼ a cartela de clientes é viável e trará um resultado muito positivo para os negócios. É muito melhor trabalhar para superar as expectativas do que destinar esforços em busca do inatingível. 

Isso não significa que você deva jogar seguro. Ousadia é muito bem-vinda no meio corporativo, desde que haja um bom embasamento que sustente o projeto do início ao fim. É natural que surja empecilhos durante a execução do mesmo, mas são nestes momentos em que a adaptabilidade dos profissionais serão essenciais para a solução de problemas.

Relevant (relevante)

Pode parecer óbvio, mas toda meta precisa ter uma relevância clara para a empresa. Isso porque, muitas vezes, temos um insight do que parece ser uma ótima ideia, mas na prática isso possui pouco valor para os negócios. No caso de aumentar a lucratividade a relevância é nítida: mais lucro gera mais equilíbrio e solidez organizacional, mas vejamos o seguinte exemplo:

Um Gestor de Pessoas, comprometido com melhorar a qualidade de vida dos colaboradores resolve implantar uma série de benefícios trabalhistas e, entre eles, está a entrega de cestas básicas para os funcionários. Em uma primeira análise isso parece ser muito promissor, afinal amenizará os gastos com alimentação para os profissionais, não é mesmo? 

Porém o Gestor esqueceu de considerar a localização da empresa que fica em uma área afastada da cidade e que a maior parte dos colaboradores utiliza o transporte público para chegar até o trabalho, dificultando o transporte da cesta até suas respectivas casas. 

Além disso, a equipe de suprimentos está reduzida e não há profissionais para fazer a cotação regular dos insumos que devem compor a cesta básica. Sendo assim, o que aparentava ser um ótimo investimento acabou se tornando um grande problema para a empresa e gerando insatisfação entre a equipe interna.

Caso houvesse um estudo prévio da situação, outras alternativas poderiam suprir essa demanda com mais qualidade como, por exemplo, a implantação de um restaurante corporativo para que os funcionários pudessem almoçar de forma saudável e prática e com baixo custo para a empresa.

Time (tempo)

Por fim, mas não menos importante, toda meta deve acontecer em um intervalo de tempo definido. Trabalhar com prazos estimula a equipe e permite mensurar cada etapa do projeto com mais efetividade.  Ao propor expandir em 25% o volume de negócios em um ano já definimos o período em que isso deve ser alcançado: doze meses. 

Caso o tempo seja muito longo as metas ficam vagas e se perdem no caminho. Se o período é muito curto, as expectativas se tornam irreais e isso confronta a diretriz Alcançável.  Todo projeto precisa ter um começo, meio e fim. Este ciclo de aprendizagem faz com que os profissionais evoluam e possam propor soluções cada vez mais assertivas e grandiosas para os negócios.

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