Diferentes experiências de vida convergem em trocas de ideias promissoras e resultam em soluções inovadoras
Muito em voga no atual cenário corporativo, a equidade faz parte de um contexto moderno voltado, principalmente, ao desenvolvimento humano dentro das empresas. Consequência da revolução industrial 4.0, esta nova dinâmica admite o colaborador como peça vital dos negócios, sendo o primeiro filtro que atesta a qualidade dos serviços e o principal divulgador da marca. Mas afinal, como os conceitos de igualdade e diversidade podem ser aplicados na prática dentro das organizações?
Antes de mais nada é preciso entender o que estes dois termos, de fato, significam. Igualdade é entendida como a equiparação de direitos, sem distinção entre indivíduos. Já diversidade, no âmbito empresarial, pode ser definida como o incentivo à pluralidade, entendendo que um público misto agrega valor com variedade de ideias e vivências.
Toda organização possui deveres perante a comunidade em que atua, sendo um deles a inclusão social. Isso não significa que a empresa deve sair contratando pessoas sem qualificação apenas para preencher cotas, pelo contrário. Realizar ações de equidade ajuda a valorizar profissionais já admitidos e rever processos de seleção para se certificar de que a empresa não está perdendo nenhum talento em razão de julgamentos pré-concebidos. Essas atitudes ajudam no convívio entre funcionários e gera satisfação interna, o que faz com que a rotatividade diminua e o engajamento com o trabalho cresça.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), ente público que financia investimentos no país, desenvolveu em 2005 a “Política de Equidade de Gênero e Valorização da Diversidade”. O regulamento permeia todas as instituições que participam de sua cadeia de relacionamentos com ações de combate ao preconceito no ambiente de trabalho. Uma das premissas fundamentais é a de enaltecimento feminino, com propostas de equiparação de vagas e salários entre homens e mulheres.
A Apetit Serviços de Alimentação é referência neste assunto, tendo como presidente Marcia Manfrin, empreendedora que adota políticas de preconceito zero em sua companhia. Com diversas mulheres em posições de destaque, a empresa é a primeira do segmento a possuir o certificado do Women’s Empowerment Principles (Princípio de Empoderamento das Mulheres), promovido pela ONU (Organizações das Nações Unidas). Como membro, adota práticas que atendem as necessidades femininas, incentivando o desenvolvimento profissional e pessoal de cada cidadã.
Além disso, é signatária do Pacto Global, iniciativa derivada da Declaração Universal de Direitos Humanos. Entre os princípios estipulados está a de eliminar toda e qualquer forma de discriminação no emprego. Para isso, possui um competente departamento de Recursos Humanos motivado na contratação de funcionários de todas as etnias, classes sociais, gêneros, idade e orientação sexual, o que fez com que a organização obtivesse um dos RHs mais admirados do Brasil e da América Latina.
Outro reconhecimento do mercado é o prêmio Melhores Empresas Para se Trabalhar, desenvolvido pelo instituto Great Place To Work. Entre as questões avaliadas está a do tratamento justo dado aos colaboradores independentemente de qualquer característica física ou pessoal, a amistosidade no trabalho e a boa condição emocional e psicológica do ambiente corporativo, avaliados pelos próprios funcionários.
Como uma amostra significativa da sociedade, as empresas refletem os valores nelas praticados podendo minimizar ou agravar episódios de discriminação. Pensando nisso, vale a pena repensar sobre a distribuição de cargos e a justa promoção de carreiras, onde todos possam ter oportunidades iguais de crescimento profissional. A cultura organizacional deve prezar pela ética para com todo o público de interesse, mantendo canais de diálogos abertos com as lideranças e celebrando as diferenças.
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